( ... ) Pois é como lhe digo, meu senhor. Antigamente, a lenha era um
verdadeiro luxo em casa de gente pobre. Muito mais que hoje a luz ou o
gás que estão agora mesmo à mão de semear conforme as posses de cada um.
Assim falava o velho sentado no muro que ladeava a horta tendo a estrada
como extrema. Gostava de se sentar nele sempre que as condições do
clima o permitiam. Então quando o dia se apresentava soalheiro, tirando o
subir a casa para as refeições, deixava as horas escorrerem sempre ali à
espera de alguém com que pudesse desfiar conversa. Era quando as suas
memórias vinham ao de cima num rosário de peças e peripécias de tempos
idos.
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